sexta-feira, 22 de abril de 2016

A importância de uma comunidade clímax para o meio ambiente

O conceito de sucessão ecológica define um tipo de desenvolvimento gradativo, no qual as comunidades de seres vivos vão se adaptando até chegar a um ponto de equilíbrio. Ao longo desse processo, a comunidade biológica passa por fases distintas, são elas: comunidade pioneira, comunidade intermediária e comunidade clímax.

As comunidades pioneiras são aquelas que apresentam clima e condições ambientais pouco favoráveis para que os seres vivos se desenvolvam, e as primeiras espécies que conseguem se instalar (geralmente pequenos organismos, como líquens e cianobactérias) são chamadas de pioneiras.

 
A comunidade intermediária é formada a partir do desenvolvimento propiciado por essas espécies pioneiras, que vão modificando o ambiente de forma que ele se torne propício para a existência de outras espécies e a formação de comunidades secundárias. Nesta etapa do processo de sucessão ecológica, começam a surgir as plantas e animais, responsáveis por tornar o espaço mais rico.

 

A comunidade clímax é a última etapa da sucessão ecológica, e é caracterizada pela presença de fauna e flora desenvolvidas, em que animais e plantas interagem de forma equilibrada e natural. Trata-se de uma comunidade biológica estável, funcional e sustentável, que se mantém nessa condição até que um evento catastrófico — natural ou causado pela ação humana — a transforme.

 

Especialistas avaliam critérios para compostagem

Critérios e procedimentos para a produção de composto proveniente de resíduos sólidos orgânicos foram debatidos na 2ª reunião do Grupo de Trabalho sobre a Proposta de Resolução Conama (GT Compostagem), realizada nesta semana (18 e 19/04), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília.
A proposta em tramitação no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é o principal instrumento sugerido para regulamentar a gestão dos resíduos orgânicos segundo os princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010).

 
TEMAS
A necessidade de se diferenciar o composto produzido a partir de resíduos orgânicos separados na origem (que não são misturados com outros tipos de resíduos) do composto produzido a partir da coleta convencional (onde os resíduos orgânicos são misturados com os rejeitos) foi um dos assuntos debatidos. Além disso, o GT debateu os cuidados ambientais necessários para unidades de compostagem operarem com segurança ambiental.

Durante a reunião, a secretária de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Cassandra Nunes, destacou que o Brasil gera mais de 700 milhões de toneladas de resíduos orgânicos por ano, das mais diversas origens, principalmente urbana, industrial e agrossilvopastoril. “Temos que superar o paradigma do aterramento de resíduos orgânicos e adotar modelos de gestão que reciclem os resíduos orgânicos e cumpram seu papel natural de devolver fertilidade aos solos. A compostagem é uma das opções mais seguras e disseminadas de realizar esta reciclagem”, afirmou.

Para a Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA, o debate para a definição de critérios é uma oportunidade de induzir municípios e grandes geradores a adotarem uma gestão mais qualificada dos resíduos, aumentando a vida útil de aterros sanitários e produzindo fertilizante orgânico de boa qualidade.
 
Sobre e questão da segurança ambiental das unidades de compostagem, Zilda Veloso afirmou que são unidades que realizam um serviço ambiental importante, de tratamento de resíduos. “Mas poucos estados possuem bastante experiência com o tema. Com a aprovação desta resolução, consolidaremos estas experiências em uma norma nacional, que trará mais segurança jurídica e ambiental para a expansão de unidades de compostagem por todo o Brasil”, complementou Zilda.
  
A compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os micro-organismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação de matéria orgânica. A técnica de compostar ajuda na redução das sobras de alimentos, tornando-se uma solução fácil para reciclar os resíduos gerados em nossa residência