segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Meta do Brasil é reduzir emissão de gases em 43% até 2030, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou neste domingo (27), na Cúpula da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que o Brasil tem a meta de reduzir em 43% a emissão de gases do efeito estufa até 2030. O ano base, segundo ela, é 2005.

 Dilma anuncia meta de redução de gases (Foto: Timothy A. Clary/AFP)

 "Será de 37% até a 2025 a contribuição do Brasil para a redução de emissão de gases do efeito estufa e para 2030 a nossa ambição é de redução de 43%", afirmou a presidente em discurso na sede de ONU, em Nova York. Esta é a proposta que o Brasil deve levar para a cúpula do clima de Paris, a COP 21, a ser realizada em dezembro.

 Para Carlos Rittl, secretário-executivo do Observatório do Clima, o anúncio é uma indicação positiva, mas ainda com um grau de ambição insuficiente. "Se comparar com outros países que são grandes emissores, o Brasil é um dos que está se propondo a fazer mais. Mas se comparar com o que o país tem de potencial de redução de emissões, com a nossa responsabilidade e com a urgência, poderíamos ser mais ambiciosos", afirmou.

Se as propostas dos países para 2030 anunciadas até o momento forem concretizadas, o planeta ainda deve chegar a um aquecimento entre 3ºC e 4ºC, segundo estimativas. Para o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), o ideal seria de limitar o aquecimento global a 2ºC.

 

A proposta brasileira, apesar de ser melhor do que a dos outros grandes emissores do mundo, não está em compasso com o que seria necessário para atingir a meta proposta pelo IPCC. Para Rittl, o anúncio "ainda não assegura que o Brasil esteja fazendo tudo o que pode para limitar o aquecimento global a 2ºC e mostra que o país não está explorando todo o potencial de redução de emissões com ganhos econômicos, seja na restauração florestal, na agricultura de baixo carbono e no investimento em energias renováveis".

 Combate ao desmatamento
 A presidente também detalhou metas do país no combate ao desmatamento e no reflorestamento de áreas degradadas.

"Até 2020, o Brasil pretende: primeiro, o fim do desmatamento ilegal no país. Segundo, a restauração e o reflorestamento de 12 milhões de hectares. Terceiro, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradas. Quarto, a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-floresta", disse a presidente.

 
Durante seu pronunciamento, a presidente enfatizou a importância da COP 21. “A Conferência de Paris é uma oportunidade única de construirmos uma resposta comum ao desafio global de mudanças do clima. O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gases de efeito estufa sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social", afirmou Dilma.

Mais Informações acessem:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/meta-do-brasil-e-reduzir-emissao-de-gases-em-43-ate-2030-diz-dilma.html #G1

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Comissão avalia impacto da transposição do São Francisco no Rio Grande do Norte

A comissão temporária do Senado que acompanha as obras de transposição e revitalização da bacia do rio São Francisco quer avaliar o impacto do empreendimento na vida da população do Rio Grande do Norte. Nesta quarta-feira (23), a comissão reúne-se para votação de requerimento da senadora Fátima Bezerra (PT-RN) que prevê a realização de audiência pública sobre o tema na Assembleia Legislativa do estado, em Natal.

— Ainda que não traga solução para as secas, que ocorrem devido a fatores climáticos, a transposição permitiria aos nordestinos minimamente sobreviver a elas. Dado o caráter estruturante que tem a obra para o semiárido do Nordeste, é fundamental que se discuta com profundidade seus impactos em cada um dos estados daquela região — afirma Fátima Bezerra em seu requerimento.
 

O debate, em data a ser definida pela comissão, deverá contar com a participação de autoridades federais e locais, de representantes sindicais e empresariais, de criadores de animais e lideranças do estado.
A transposição do São Francisco segue em execução, com previsão de entrega de um trecho de aproximadamente 40 quilômetros nos próximos meses. As obras tiveram início em 2007, divididas em Eixo Norte — que atende Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba — e Eixo Leste, que abrange áreas não atendidas pelo Eixo Norte na Paraíba e Pernambuco.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira: Restaurar florestas é novo desafio

O Brasil deixará de emitir gases de efeito estufa por desmatamento e passará a restaurar florestas. Com essas palavras, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, sinalizou para as ambições da INDC brasileira, sigla para as metas nacionais que os países se comprometem a cumprir quando o novo acordo climático começar a valer, a partir de 2020.

 
 “A expectativa é que a gente possa apresentar a nossa ambição para Paris numa trajetória que concilie proteção ambiental e desenvolvimento, a chamada economia de baixo carbono”, enfatizou a ministra, referindo-se à Conferência das Partes para Mudanças Climáticas (COP-Clima), que será realizada em dezembro deste ano na capital francesa."

 
 As declarações foram feitas durante a audiência pública “O desafio das mudanças climáticas à luz da nova pauta da política econômica brasileira”, realizada nesta terça-feira (15/09), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Aos deputados, a ministra apresentou o panorama internacional para a construção de uma economia global de baixo carbono e destacou o protagonismo brasileiro nesse cenário.

Izabella também explicou como esse trabalho está sendo realizado no País, com participação de diferentes ministérios e diálogo com diferentes setores da sociedade civil. Entre eles estão cientistas, entidades ambientalistas e representantes da Igreja, motivados pela encíclica papal. As metas consolidadas serão apresentadas pela presidenta Dilma Rousseff na última semana de setembro, em Nova York.

De acordo com a ministra, a expectativa é que o Brasil possa ter inovação de uso da terra sem provocar perda das florestas nacionais. Ela destacou, ainda, que a trajetória de restauração florestal deve ser feita com base no Código Florestal, gerando riqueza para o produtor e reduzindo emissões de gases de efeito estufa.

Também lembrou a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR), instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais, a partir de informações georreferenciadas.
 
 

sábado, 5 de setembro de 2015

05 de Setembro Dia da "Amazônia"

No dia 5 de setembro é comemorado o Dia da Amazônia, a maior reserva natural do planeta e, sem dúvidas, uma das maiores riquezas da humanidade. Esse bioma, que possui cerca de cinco milhões e meio de quilômetros de floresta e abrange nove países, apresenta apenas 26% da sua área em território brasileiro protegida, fato que ameaça o futuro da floresta.
 

O Dia da Amazônia surgiu como uma forma de chamar a atenção para esse bioma e a data foi escolhida como forma de homenagear a criação da Província do Amazonas por D. Pedro II em 1850. Nessa data o objetivo principal é alertar a população a respeito da destruição da floresta e de como podemos ter desenvolvimento sem que seja necessária a destruição dessa importante fonte de biodiversidade.

A Amazônia sofre constantemente com o desmatamento, principalmente em decorrência do avanço das plantações de soja e da pecuária. Além disso, esse rico bioma também enfrenta a extração ilegal de madeira, a criação de grandes hidrelétricas e a mineração, problemas responsáveis pela destruição de grandes áreas da floresta.

Apesar de muitas pessoas considerarem essas atividades importantes para a economia do país, devemos lembrar que a exploração desenfreada pode destruir o bioma e causar sérias consequências para o planeta, uma vez que ele tem um papel fundamental no equilíbrio ambiental da Terra e influência direta sobre o regime de chuvas de toda a América Latina.

 

A Amazônia também é uma importante fonte de biodiversidade, sendo estimada a existência de cerca de 40 mil espécies de plantas diferentes, mais de 400 mamíferos e cerca de 1.300 aves. Nos rios amazônicos, que constituem a maior bacia hidrográfica do planeta, pode-se encontrar cerca de 3 mil espécies de peixes. Vale destacar também que a Amazônia abriga várias comunidades tradicionais que dependem diretamente da floresta para o seu sustento.

A Amazônia é um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade e a maior reserva natural do planeta. Com sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, o bioma é fundamental para o equilíbrio ambiental e climático do planeta e a conservação dos recursos hídricos.

  / ©: Mauri Rautkari /  WWF

“O Dia da Amazônia é um dia de celebração”, ressalta a secretária geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito. “Nós temos conhecimento sobre os problemas e desafios do bioma, mas muito mais sobre as ferramentas que precisamos para vencê-los e quais os resultados que devemos atingir. Nosso trabalho tem se pautado na proposição de uma agenda positiva para o desenvolvimento sustentável do bioma”, avalia.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) sinaliza aumento de 68% de desmatamento na Amazônia

 


Dado se refere ao período de agosto a julho em comparação a ano anterior.
Sistema Deter não é tão preciso, mas indica que desmate cresceu.

 

O  sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) encerrou o último ano tendo detectado uma área de florestas derrubadas 68% maior que no ano anterior na Amazônia.

O “ano fiscal” do desmatamento vai de agosto a julho. No período 2013-2014 o Deter, operado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) enxergou 3.035 km² de florestas destruídas em imagens de satélite. No período 2014-2015 o número subiu para 5.121 km².
 Operação, que começou no dia 21 de maio, fez apreensão de madeira ilegal nos dias 3 e 4 de junho. (Foto: Assessoria/Sema-MT)
Esse total de áreas desmatadas ainda não é o número consolidado, que é produzido pelo sistema Prodes, também do Inpe, mais lento mas menos limitado pelas nuvens que cobrem a floresta e dificultam enxergá-la.
Os 5.121 km² de alertas gerados pelo Deter neste ano, porém, já são uma área maior do que aquela observada pelo Prodes no ano anterior (5.012 km²). Isso já dá ao governo praticamente a certeza de que neste ano o desmatamento vai subir, mesmo que suba pouco.

O Inpe ainda não marcou uma data para a divulgação dos novos números do Prodes. Se os dados consolidados do desmatamento acompanharem a tendência dos números do sistema Deter -- o que nem sempre acontece -- neste ano a Amazônia registrará sua pior taxa de desmatamento em seis anos.