Dado se refere ao período de agosto a julho em comparação a ano anterior.
Sistema Deter não é tão preciso, mas indica que desmate cresceu.
O sistema Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) encerrou o
último ano tendo detectado uma área de florestas derrubadas 68% maior
que no ano anterior na Amazônia.
O “ano fiscal” do desmatamento vai de agosto a julho. No período
2013-2014 o Deter, operado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) enxergou 3.035 km² de florestas destruídas em imagens de
satélite. No período 2014-2015 o número subiu para 5.121 km².
Esse total de áreas desmatadas ainda não é o número consolidado, que é
produzido pelo sistema Prodes, também do Inpe, mais lento mas menos
limitado pelas nuvens que cobrem a floresta e dificultam enxergá-la.
Os 5.121 km² de alertas gerados pelo Deter neste ano, porém, já são uma
área maior do que aquela observada pelo Prodes no ano anterior (5.012
km²). Isso já dá ao governo praticamente a certeza de que neste ano o
desmatamento vai subir, mesmo que suba pouco.
O Inpe ainda não marcou uma data para a divulgação dos novos números do
Prodes. Se os dados consolidados do desmatamento acompanharem a
tendência dos números do sistema Deter -- o que nem sempre acontece --
neste ano a Amazônia registrará sua pior taxa de desmatamento em seis
anos.
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