O Brasil deixará de emitir gases de efeito estufa por desmatamento e
passará a restaurar florestas. Com essas palavras, a ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, sinalizou para as ambições da INDC
brasileira, sigla para as metas nacionais que os países se comprometem a
cumprir quando o novo acordo climático começar a valer, a partir de
2020.
“A expectativa é que a gente possa apresentar a nossa ambição para Paris
numa trajetória que concilie proteção ambiental e desenvolvimento, a
chamada economia de baixo carbono”, enfatizou a ministra, referindo-se à
Conferência das Partes para Mudanças Climáticas (COP-Clima), que será
realizada em dezembro deste ano na capital francesa."
As declarações foram feitas durante a audiência pública “O desafio
das mudanças climáticas à luz da nova pauta da política econômica
brasileira”, realizada nesta terça-feira (15/09), na Câmara dos
Deputados, em Brasília. Aos deputados, a ministra apresentou o panorama
internacional para a construção de uma economia global de baixo carbono e
destacou o protagonismo brasileiro nesse cenário.
Izabella também explicou como esse trabalho está sendo realizado no
País, com participação de diferentes ministérios e diálogo com
diferentes setores da sociedade civil. Entre eles estão cientistas,
entidades ambientalistas e representantes da Igreja, motivados pela
encíclica papal. As metas consolidadas serão apresentadas pela
presidenta Dilma Rousseff na última semana de setembro, em Nova York.
De acordo com a ministra, a expectativa é que o Brasil possa ter
inovação de uso da terra sem provocar perda das florestas nacionais. Ela
destacou, ainda, que a trajetória de restauração florestal deve ser
feita com base no Código Florestal, gerando riqueza para o produtor e
reduzindo emissões de gases de efeito estufa.
Também lembrou a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR),
instrumento fundamental para auxiliar no processo de regularização
ambiental de propriedades e posses rurais, a partir de informações
georreferenciadas.
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